Como reduzir os custos na importação

Os custos na importação são compostos por despesas aduaneiras, tributárias e logísticas.

O resultado desta soma é um dos principais motivos que desencoraja empreendedores brasileiros em relação à atividade de importação. Entretanto, uma boa estratégia de gerenciamento das despesas viabiliza a redução de custos na importação. Se você deseja entender como isso é possível, não deixe de ler o presente artigo. Quanto custa importar?

O Brasil é famoso pela sua carga tributária, porém na importação, não são apenas os impostos que tornarão a peça mais cara como numa compra em mercado nacional. Nesse tipo de operação entram também custos logísticos, aduaneiros e tributários, que devem ser inseridos no cálculo de preço da mercadoria.

Portanto, é de suma importância que você, importador, saiba exatamente quanto custa cada processo de sua importação. A seguir detalharemos um a um.

Acompanhe.

Custos logísticos na importação

Os custos logísticos de uma importação são diretamente relacionados ao modal de transporte escolhido para realizar a operação.

Nesse sentido, é necessário entender qual urgência de chegada da mercadoria para, assim, conseguir escolher o modal que melhor lhe couber em questões de custos e tempo de viagem.

Por exemplo, os embarques aéreos são rápidos e comumente contam com mais disponibilidade por conta da frequência de voos diários. Já os embarques marítimos são mais demorados, se comparados aos aéreos, todavia, mais econômicos. Independente da via de transporte escolhida, outro fator logístico a se decidir é a aplicação do seguro internacional da mercadoria ou a não utilização desse e se entregar ao fator risco.

Em outras palavras, a escolha do modal de transporte internacional reflete nos custos, no tempo e no custo de aquisição  da sua mercadoria.

Custos aduaneiros na importação

As despesas aduaneiras do seu processo de importação são todas aquelas ocorridas durante o desembaraço aduaneiro da carga.

Isto é, nesses custos se pode incluir as despesas com a liberação do conhecimento de embarque, frete interno, armazenagem, honorários aduaneiros, movimentações portuárias, entre outras.

Uma vez que essas despesas incorrem sobre a carga quando está já está no país, não há valores fixos para se planejar antecipadamente com estas.

Em suma, os custos aduaneiros variam em cada região do Brasil e, também, de acordo com o cenário em que esse se encontra.

Para exemplificar, uma greve de caminhoneiros como a que o vivenciamos recentemente congestiona o transporte interno no país. Como resultado, temos fretes mais altos e acúmulo de mercadoria em portos e armazéns, dificultando a movimentação.

Custos tributários na importação

Os tributos devidos na importação são conhecidos também como tarifas alfandegárias e passam a ser devidos pelo importador quando uma mercadoria provinda do exterior entra em território alfandegário brasileiro.

Seja como for, essas tarifas vêm em forma de impostos, taxas e contribuições, algumas para subsidiar projetos do governo e outras com a finalidade de controle cambial. Ou seja, gerenciamento e fiscalização das mercadorias que estão entrando no país.

Enfim, os tributos federais e estaduais incidentes em todas as importações são:

  • II – Imposto de Importação;
  • IPI – Imposto sobre Produto Industrializado;
  • PIS/PASEP – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público;
  • COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
  • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; e
  • Taxa Siscomex – Taxa de Utilização do Siscomex na Importação.

Ainda que essas tarifas sejam aplicadas a todos os processos de importação, algumas mercadorias podem possuir a redução ou isenção do tributo de acordo com a sua classificação fiscal.

Ao propósito, algumas outras tarifas podem cair sobre a importação dependendo da mercadoria e modalidade de transporte. São essas:

  • Antidumping
  • AFRMM – Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante
  • Medidas de salvaguarda
  • CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

3 dicas para reduzir o custo da sua importação

Agora que você já sabe com quais despesas você deve se preparar, vamos conhecer formas de reduzir os custos na importação.

Fuja da demurrage

Sem dúvida, uma das principais dicas para o importador que deseja eliminar gastos extras é evitar a demurrage. Uma vez que esta significa a sobrestadia da carga no container contratado ou atraso na carga ou descarga do navio.

A demurrage pode, então, se entendida como uma multa devida pelo uso de tempo a mais do que o acordado com o armador.

Para fugir dessa despesa a solução é planejamento, quanto mais planejada a operação estiver, menos chances de custos extras recaírem sobre a mercadoria.

A fim de auxiliar as empresas na coordenação de suas importações, existem sistemas e novas tecnologias de controle de processos que podem ser utilizados.

Certamente, há casos em que não se pode prever a necessidade de um tempo a mais para as movimentações portuárias, todavia, é possível negociar antecipadamente o valor a ser pago em caso de sobrestadia.

Regimes Especiais

Os regimes aduaneiros especiais promovem benefícios às empresas que os aplicam, seja para a redução ou até mesmo a suspensão total de alguns tributos.

Sendo ao todo 17 regimes especiais que possuímos no Brasil, estes têm por objetivo fomentar a competividade no mercado nacional ao reduzir as barreirais comerciais. Sobretudo, a ideia é aquecer a economia brasileira.

Assim sendo, é preciso identificar se a sua mercadoria se encaixa em algum regime que reduza seus custos na importação e facilite a operação.

Dentre os regimes aduaneiros especiais mais conhecidos, temos o drawback, para a importação de mercadorias que serão utilizadas em produtos a serem exportados.

Bem como o entreposto aduaneiro, que suspende o pagamento das tarifas alfandegárias.

E, por fim, a admissão temporária para que a carga possa ficar no Brasil por um período determinado e depois ser reexportada.

Tenha um bom planejamento tributário

É sabido que o Brasil tem um sistema tributário burocrático e complexo, portanto, o planejamento tributário é vital para as empresas atuantes no comércio exterior.

Esta ação estratégica pode trazer muitos benefícios que vão desde a possibilidade de isenção de impostos até a configuração de créditos a serem compensados na incidência de outros impostos de importação e exportação.

Não podemos deixar de mencionar sobre a importância do enquadramento fiscal estar em harmonia com a escolha do regime tributário correto. Portanto, é fundamental que a classificação fiscal das mercadorias na NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) seja revisada antes de iniciar a operação, visto que um erro de classificação pode, não só resultar no pagamento indevido de impostos como também gerar multas.

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Diante deste conteúdo não podemos negar que a redução dos custos na importação é complexa, porém totalmente possível.

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